Briga politica pode deixar milhões de acidentados sem o seguro DPVAT

IVIAGORA


Bolsonaro acabou com DPVAT, seguro de acidentes de trânsito, para atacar Luciano Bivar

Numa descontração de quem preside o Brasil como se fosse sua propriedade particular, Jair Bolsonaro acabou com o DPVAT para punir seu desafeto Luciano Bivar (PE), presidente nacional do PSL. O deputado preside o conselho de administração da seguradora Excelsior, uma das credenciadas pelo governo para cobertura do seguro.

Jair Bolsonaro editou uma medida provisória que extingue os seguros obrigatórios DPVAT e DPEM a partir de 2020, uma medida que atingirá os negócios do presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), o principal desafeto dele dentro do PSL. Ao fazer isso, prejudicou milhões de pessoas que, vítimas de acidentes automobilísticos, eram minimamente amparadas pelo seguro.

Bivar preside o conselho de administração da seguradora Excelsior, uma das credenciadas pelo governo para cobertura do seguro DPVAT. De acordo com relatório de auditoria da Líder DPVAT, de janeiro a junho de 2019, por exemplo, a empresa intermediou o pagamento de R$ 168 milhões em indenizações relacionadas ao seguro. O presidente do PSL adquiriu a seguradora nos anos 90.

A crise no PSL aumentou no mês passado, quando Bolsonaro pediu a um apoiador para "esquecer" o partido. Na ocasião, ele disse que Bivar está "queimado" (confira aqui).

O parlamentar teria apoiado o repasse de R$ 400 mil em verbas do fundo partidário para uma candidata "laranja" em Pernambuco. Maria de Lourdes Paixão, 68 anos, teria sido a terceira maior beneficiada com verba do PSL em todo o País. 

O Ministério Público de Minas (MP-MG) já denunciou o ministro do Turismo, Marcelo Alvaro, por causa das candidaturas laranjas.