Em cena do crime, serial killer admitiu que matou 7ª vítima para ficar com casa

IVIAGORA


Cleber de Souza Carvalho, o serial killer que matou ao menos 7 pessoas em Campo Grande, foi escoltado à viatura sob xingamentos e gritos de ‘assassino’ por familiares e vizinhos, na tarde deste sábado (16). Ele foi conduzido pela polícia ao local onde foi encontrado o corpo do aposentado Timotio Pontes Roman, de 62 anos – a sétima vítima de Cleber e sexta localizada em menos de dois dias –  após a polícia suspeitar do envolvimento do pedreiro.

De acordo com o delegado titular da DEH (Delegacia Especializada de Homicídio), Carlos Delano, o corpo foi encontrado após familiares, preocupados com o desaparecimento, decidirem averiguar a casa onde Timotio morava. Um deles decidiu entrar na casa e sentiu o forte odor vindo do poço localizado nos fundos da residência. Ao observar o local, notou que poderia haver um corpo e acionou a polícia

O delegado afirmou que, inicialmente, não havia conexão comprovada entre o serial killer e o achado de cadáver, mas a suspeita foi despertada por se tratar da mesma região onde outros 5 corpos foram localizados na sexta-feira (16). Assim, Cleber foi levado ao local, onde confessou mais um crime.

O pedreiro admitiu à polícia que matou Timotio a pauladas no último dia 2 de maio, um dia após matar José Leonel, na região da Vila Nasser. Na ocasião, ele teria ido à casa do aposentado para tocar uma obra na calçada, para a qual Timotio já teria até adquirido o material de construção. Assim, ele teria aproveitado que o idoso morava só para matá-lo e ficar com o imóvel. Na sequência do crime, ele ocultou o corpo no poço. O titular da DEH não descartou que novos crimes sejam identificados e conectados ao serial killer e admitiu que investiga um 8º assassinato, sem fornecer mais detalhes.

Cleber permaneceu no local até o resgate do corpo de Timotio, que estava num poço de cerca de 10 metros de profundidade, em avançado estado de decomposição. Após o resgate, Cleber foi reconduzido à viatura, sob escolta policial e gritos de protesto de vizinhos e familiares, que conheciam o pedreiro, vizinhos disseram que Cleber era conhecido por todos e tinha até apelido: Filé. Ele seria um homem que, apesar da aparência estranha, estaria acima de qualquer suspeita.